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A Inglaterra advertiu o presidente iraquiano, Saddam Hussein, de que o prazo para que o país abandone armas de destruição em massa está acabando. Do contrário, o "regime terrível e brutal'' do Iraque terá de ser deposto, afirmou o secretário do Exterior britânico, Jack Straw. O secretário britânico disse neste domingo que Saddam ''jogou com a paz mundial o suficiente''.
– Ou ele faz algo em relação às armas de destruição em massa, ou seu regime terá que acabar – disse Straw ao Sky News, após falar à Assembléia Geral da ONU, em Nova York. – Mas a escolha é dele e ele não tem muito tempo para decidir.
A advertência do aliado mais próximo de Washington foi feita após o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter pedido para a ONU "mostrar determinação'' sobre o Iraque. Com o discurso, Bush deixou claro que está preparado para enfrentar Saddam com ou sem apoio mundial. Straw disse que não há "ministro do Exterior ou líder no mundo...que não gostaria de se livrar de Saddam Hussein''.
Em outra entrevista, Straw disse que a Grã-Bretanha e o Conselho de Segurança da ONU deveriam mostrar as resoluções ignoradas por Saddam, que em 1991 prometeu acabar com todos os programas de armas químicas, biológicas, nucleares e de mísseis balísticos. O conselho também deveria exigir a readmissão dos inspetores de armas "sem condições ou restrições, e deixar claro as consequências de desobeder à resolução'', disse Straw ao canal BBC.
O Iraque afirma que não tem armas de destruição em massa e se recusa a aceitar o retorno incondicional dos inspetores de armas da ONU, que deixaram o país pouco antes dos ataques britânicos e norte-americanos de 1998. O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, prometeu divulgar um dossiê mostrando a ameaça que Saddam representa ao mundo antes de um debate parlamentar sobre o Iraque, no dia 24 de setembro. O jornal The Sunday Telegraph disse que o documento revelará que Saddam treinou membros da Al Qaeda, que Washington acusa pelos ataques de 11 de setembro.
O jornal afirma que a proposta do dossiê contém informação detalhada sobre como dois supostos líderes da Al Qaeda, Abu Zubair e Rafid Fatah, fizeram treinamentos no Iraque e ainda estão ligados ao governo de Bagdá. O gabinete de Blair recusou-se a comentar a reportagem, mas uma fonte do governo procurou minimizar a perspectiva de provas claras de elo entre Saddam e a Al Qaeda.
– Eu não iria por este caminho – disse a fonte.
Enquanto a retórica e as manobras diplomáticas na ONU ganham força, milhares de tropas britânicas começaram a levar suprimentos para um porto militar especial neste fim de semana, no maior exercício militar em solo britânico dos últimos anos. Autoridades insistem que o exercício estava planejado há mais de um ano e que não há decisão final sobre uma guerra no Golfo. Mas especialistas militares dizem que a Grã-Bretanha está mandando uma mensagem para Saddam de que foi séria ao apoiar o ultimato ao Iraque. As informações são da agência Reuters.
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