| 15/12/2006 10h34min
A análise do cilindro de voz da caixa-preta do Boeing da Gol mostra que os pilotos brasileiros ouviram parte dos chamados feitos pelo centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1) ao jato Legacy em 29 de setembro. Essa seria uma prova de que não há ponto cego de comunicações na região do acidente.
Segundo o site G1, durante alguns minutos, o comandante Décio Chaves Júnior, da companhia aérea brasileira, sintonizou seu rádio na mesma freqüência usada pelos controladores da capital federal, sem imaginar que o jato também voava a 37 mil pés, em rota de colisão com o Boeing. A tese de oficiais da Aeronáutica ouvidos pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' é de que, se o Boeing, mais distante do Cindacta-1 do que o Legacy, conseguiu copiar o chamado, é quase impossível que a falta de contato tenha sido motivada por pane nos equipamentos em terra. Na avaliação de técnicos do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), porém, a descoberta pouco acrescenta às investigações sobre a colisão, que deixou 154 mortos. O principal objetivo da comissão de investigação é descobrir por que os pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, não responderam à série de sete chamados feitos pelo Cindacta-1 a partir das 16h26 daquele dia. Os técnicos do Cenipa também tentam investigam o motivo pelo qual os dois tentaram contato com os controladores de Brasília – foram 12 chamados, segundo relatório preliminar da Aeronáutica –, sem obter resposta. Um oficial teria dito que, ao que tudo indica, os pilotos do Legacy usavam uma freqüência errada.Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.