O relatório parcial da Polícia Federal (PF) sobre o acidente com o Boeing da Gol que fazia o vôo 1907 buscar e matou 154 pessoas em 29 de setembro indicia os pilotos do jato Legacy que se chocou com o avião, segundo o site G1. A polícia também suspeita dos controladores de vôo que trabalhavam naquele dia. Por enquanto, ainda não os responsabilizou pela tragédia.
 
O documento de apenas duas páginas será entregue nesta quarta pela delegado Ramon de Almeida à Justiça Federal de Sinop, em Mato Grosso. Embora os controladores não sejam, por enquanto, considerados culpados, devem ser indiciados nos próximos 30 dias, prazo de prorrogação que o relatório da polícia pede à Justiça. Para a PF, a negligência dos pilotos do Legacy, os problemas de comunicação do jato com as torres de Brasília e São José dos Campos e, possivelmente, a falha dos controladores causaram a tragédia.
 
A PF não cita nomes no relatório, mas as maiores suspeitas recaem sobre um controlador de São José dos Campos e dois de Brasília. O primeiro teria informado ao Legacy para decolar a 37 mil pés de São José e permanecer na mesma altitude até Manaus, quando, na verdade, deveria reduzir a 36 mil a partir de Brasília e, num determinado ponto, subir a 38 mil. Já na capital federal, um dos controladores não teria percebido que o Legacy permanecera a 37 mil, mesma altitude em que viajava o Boeing da Gol na região do acidente. Esse controlador não teria passado essa informação a quem o substituiu na função. Esse último, por sua vez, poderia ter avisado o Legacy ao detectar o erro de altitude. Sobre isso, a polícia espera finalizar uma perícia nos próximos 30 dias, para saber qual foi o erro de comunicação entre torres e Legacy. A PF considera os diálogos fundamentais para esclarecer o acidente.