O Iraque rejeitou na sexta-feira, dia 13, as ''mentiras e falsificações'' contidas no discurso feito na véspera pelo presidente norte-americano George W. Bush na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em busca de apoio para uma ação militar que derrube Saddam Hussein.

– Lerei o discurso de Bush parágrafo por parágrafo e refutarei suas mentiras e falsificações em outra ocasião – disse o vice-primeiro-ministro Tareq Aziz (foto) a jornalistas em Bagdá.

Bush pediu à ONU que obrigue o Iraque a destruir as armas de destruição em massa que ele acusa o país de possuir. Do contrário, afirmou, uma ação militar será ``inevitável''. Ele exigiu ainda que o Iraque pare de apoiar o terrorismo e de perseguir a população civil, que esclareça o destino dos desaparecidos na Guerra do Golfo (1991) e que respeite as sanções econômicas.

Em uma entrevista a uma televisão grega, o chanceler Naji Sabri qualificou o pronunciamento de "propaganda anti-Iraque''.

– São acusações que a opinião pública vem ouvindo há 12 anos.

Ele disse que "os Estados Unidos nunca conseguiram apresentar provas'' de que seu país tenha armas químicas, nucleares e biológicas. O Iraque sofre pressão para aceitar a volta dos inspetores de armas da ONU que deixaram o país em 1998, acusando o governo de não colaborar. Desde então, os inspetores não puderam mais voltar, o que é um pré-requisito para a suspensão das sanções da ONU.

– Eles estão buscando pretextos para prolongar as sanções, que estão matando nosso povo, e para implementar suas ameaças contra o Iraque – disse Sabri.

As informações são da agência Reuters.