O Sindicato Nacional de Empresas Aéreas informou nesta sexta-feira que as companhias não deverão ressarcir os passageiros atingidos pelos atrasos e cancelamentos de vôos ocorridos na semana passada. Segundo o site Globo Online, o sindicato alega que as empresas tiveram prejuízo de R$ 4 milhões por dia, e dizem que a responsabilidade pela infra-estrutura operacional nos aeroportos é do governo.

As companhias aéreas pediram indenização de R$ 40 milhões ao governo federal. O valor é contestado pelo presidente da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, mas reconhece prejuízos. A questão será discutida na segunda-feira, com o Sindicato das Empresas Aeroviárias. Cada dia teria representado R$ 4 milhões em despesas.

Nesta semana alguns aeroportos voltaram a apresentar atrasos, o que chegou a deixar o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, apreensivo, mas não houve registro de anormalidade. Nesta sexta-feira sete vôos estavam atrasados até pouco antes das 9h e três tinham sido cancelados no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo. No aeroporto de Brasília, aumentou o intervalo entre as decolagens para até 20 minutos. O normal é um vôo a cada 5 minutos, ou menos.

A operação-padrão dos controladores de vôo, que reivindicavam mais mão-de-obra e aumento de salário, por 10 dias causou o cancelamento de 1,1 mil vôos no país. Os aeroportos só voltaram ao normal após um acordo fechado entre o Comando da Aeronáutica, o Ministério da Defesa e os controladores de vôos.

Como parte do acordo, o ministro da Defesa, Waldir Pires, publicou nesta sexta-feira uma portaria autorizando a contratação temporária de 60 controladores de vôo. Hoje o país conta com cerca de 2,6 mil controladores de vôo, dos quais cerca de 80% são militares.