O Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, voltou a registrar atrasos nesta quinta. O Comando da Aeronáutica informou que o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), responsável por fiscalizar e orientar os vôos, impôs medidas de controle de fluxo de tráfego por causa do grande número de aviões que utilizavam o aeroporto. O tempo entre as decolagens foi ampliado de cinco para dez minutos, o que gerou atraso na decolagem de algumas aeronaves. 

O Comando da Aeronáutica alegou razões de segurança dos vôos para tomar a medida. Informou, porém, que no início da tarde o movimento já havia sido normalizado. A Infraero também informou que a operação de segurança é normal, admitindo que isso pode gerar eventuais atrasos durante horários de pico, como no início da noite.

Embora não tivesse sido informado de qualquer anormalidade, o presidente da Associação dos Controladores do Tráfego Aéreo de Brasília, Wellington Rodrigues, disse que atrasos devido à quantidade de aeronaves são sinais "da incapacidade do controle aéreo de absorver o fluxo".

Para Wellington, a contratação de novos controladores e maiores investimentos no setor ajudariam a minimizar o problema. Ele descartou a possibilidade dos controladores estarem retardando a liberação dos aviões.

– Controlar o fluxo de acordo com as normas de segurança é necessário. É mesmo preciso controlar o número de aeronaves (que pousam e decolam).

De acordo com Wellington, a ocorrência de "picos de tráfego" se torna mais freqüente com a proximidade dos finais de semana.