| 26/08/2002 07h32min
A estratégia de campanha do candidato governista, José Serra (PSDB-PMDB), no horário gratuito vai continuar a mostrar o que considera incoerências políticas e de propostas de seus adversários. Serra afirmou no domingo que não teme ameaças e que está aberto a eventuais críticas a suas posições.
– Não estamos preocupados em manter críticas ou 'descríticas'. O que a gente está fazendo é discutir idéias, teses, coerência entre aquilo que se diz e aquilo que se faz. Para que a população tenha mais condições de fazer uma escolha consciente – disse Serra a jornalistas durante encontro com artistas que apóiam sua candidatura.
– Estou aberto para que cobrem também de mim eventuais incoerências que alguém ache que exista. Isso faz parte do jogo democrático.
Em uma referência direta a declarações do candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes, Paulo Pereira da Silva, e ao deputado Roberto Jeferson (PTB), também da Frente Trabalhista, Serra disse não temer ameaças:
– Enfrentei a ditadura militar no Brasil, a ditadura de Pinochet, no meu dicionário político a palavra intimidação, medo, não existe.
Paulinho, como é conhecido o vice de Ciro, teria dito que Serra está disposto a "apanhar'' já que está "batendo'' tanto. Mais tarde, o líder sindical explicou que a declaração estava restrita apenas ao contexto da troca de acusações. Já Jeferson teria dito que o tucano estava merecendo uns "pescoções''.
O encontro desta noite foi organizado pelo ator Raul Cortez, tradicional aliado do PSDB, e contou com a presença das atrizes Regina Duarte e Beatriz Segal e da cantora Angela Maria, entre outros. Serra, além de pedir o voto dos presentes, encorajou os artistas a serem propagadores de seu nome entre os eleitores. As informações são da agência Reuters.
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