A defesa civil do Estado do Mato Grosso e homens do Exército se movimentam para o resgate de sobreviventes do vôo 1907 da companhia Gol, que caiu ontem. O Boeing 737-800 voava de Manaus para o Rio de Janeiro, com escala em Brasília. Os destroços foram localizados nesta manhã, a 200 quilômetros a sudeste de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso, pela Força Aérea Brasileira (FAB).

O assessor de comunicação social do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso, Major Paulo Wolkmer, informou que 30 bombeiros especialistas em resgate de acidente aéreo de três quartéis de cidades vizinhas (Alta Floresta, Sinop e Sorriso) a Peixoto de Azevedo foram deslocados para o local da queda. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse que há outros 100 homens do Exército concentrados nas buscas.

Além disso, segundo Volkmer, o aparato montado pelo Estado conta, no local, com duas UTIs aéreas, 15 ambulâncias de suporte avançado. Três delas são do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Empresários locais também estariam colocando seus helicópteros à disposição das equipes de resgate.

O major informou ainda que 20 leitos foram reservados nos hospitais mais próximos. Para acessar o local do acidente, o Exército utilizará helicópteros e os bombeiros descerão de rappel, pois não há condições de chegar na região por via terrestre. A área onde caiu o avião da Gol é de mata densa.

A Aeronáutica informou ainda que o avião pode ter se chocado com outra aeronave, no sentido vertical, pela forma como os destroços foram vistos de cima por homens da Força Aérea Brasileira (FAB).

O presidente da Infraero admite que, da forma como caiu o avião, é improvável que haja sobreviventes, mas nem a Infraero, nem a Anac divulgaram oficialmente essa informação. O brigadeiro concedeu entrevista coletiva no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek, em Brasília, ao lado da diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu.