| 09/08/2006 10h18min
Em junho de 2006, a indústria do Rio Grande do Sul assinalou resultados negativos em todas as comparações. Na passagem de maio para junho, na série livre dos efeitos sazonais, observou-se recuo de 1,2%, após dois meses registrando taxas positivas, segundo divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No confronto com igual mês do ano anterior a queda foi de 6,7%, sendo esta a décima taxa negativa consecutiva. Com isso, os indicadores acumulados para o primeiro semestre do ano e para os últimos 12 meses, ao recuarem 3,9%, acentuaram a trajetória de queda. Na análise trimestral, a produção de abril-junho mostrou redução na comparação com igual trimestre do ano anterior (-5,9%) e frente ao trimestre imediatamente anterior (-2,2%).
O indicador mensal da indústria gaúcha recuou 6,7% influenciado pelo desempenho negativo de oito dos 14 ramos pesquisados. As principais contribuições negativas na formação da média global da indústria foram observadas em máquinas e equipamentos (-28,3%), calçados e artigos de couro (-19,4%) e fumo (-11,9%). Por outro lado, os maiores impactos positivos vieram de alimentos (4,3%), em que sobressaiu o aumento no processamento de carnes bovinas e suínas, e outros produtos químicos (3,3%), por conta da maior produção de polietileno de alta densidade e etileno não saturado.
No acumulado no ano, a indústria gaúcha apresentou queda de 3,9%, com sete dos 14 ramos pesquisados mostrando taxas negativas, tendo como destaques máquinas e equipamentos (-18,2%), calçados e artigos de couro (-9,1%) e fumo (-9,2%). Os recuos na produção foram obervados, principalmente, em aparelhos de ar condicionado, máquinas para colheita, tênis de couro e fumo processado. Por outro lado, alimentos (4,5%) e veículos automotores (3,0%) exerceram as maiores pressões positivas, nas quais sobressaíram os avanços na produção dos itens: carnes bovinas, arroz semibranqueado e carrocerias para ônibus.
Já o índice de média móvel trimestral do Estado ficou estável (0,0%) entre maio e junho. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a queda é de 2,2%, mais acentuada que o observado nos dois últimos trimestres: -1,5%, no último trimestre do ano passado, e -1,9%, no primeiro deste ano. Estes números confirmam a aceleração na trajetória de queda da indústria gaúcha, iniciada no período julho-setembro de 2005 (1,1%).
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