| 09/08/2006 10h13min
Os índices regionais de junho da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostram um quadro predominantemente negativo frente a maio, com 10 dos 14 locais apresentando queda. Amazonas (-5,4%) e Paraná (-4,3%) assinalam as reduções mais acentuadas, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice nacional apresentou queda de 1,7% no período.
São Paulo (-2,3%), parque fabril de maior peso no país, registra taxa abaixo da média nacional (-1,7%). Espírito Santo (5,1%), Pernambuco (2,2%), Ceará (0,9%) e Pará (0,2%) são os locais que apresentam crescimento na passagem de maio para junho.
No acumulado do semestre, 10 locais pesquisados apresentaram acréscimo na produção, com destaque para Pará (13,5%), Ceará (7,2%) e Bahia (5,5%). Também ficaram acima da média nacional: Pernambuco e Espírito Santo (ambos com 4,7%), Minas Gerais (4,6%), São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (3,3%) e região Nordeste (3,1%). O desempenho favorável desses locais pode ser explicado pelo dinamismo das exportações (minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo, celulose e açúcar) e a presença importante de atividades produtoras de bens de consumo (duráveis e de semi e não duráveis).
O resultado de 2,6% no acumulado do primeiro semestre, para o total do país, reflete uma forte desaceleração no ritmo produtivo entre o primeiro (4,6%) e segundo trimestre (0,8%). Esse movimento é observado em nove das 14 áreas pesquisadas. Amazonas lidera essa perda de dinamismo, ao passar de um crescimento de 9,3% no período janeiro-março para uma queda de 12,1% no segundo trimestre, devido principalmente ao recuo de material e eletrônico e equipamentos de comunicações (de 14,1% para -22,4%). Este setor, de maior peso na estrutura industrial, foi fortemente impactado pela redução no ritmo das vendas de telefones celulares para o mercado externo.
Já no confronto entre junho de 2006 e junho de 2005, que para o total do país mostrou recuo de 0,6%, os índices regionais foram negativos em cinco locais. Vale ressaltar, nesse indicador, a diferença de número de dias úteis (21 dias em 2006 contra 22 em 2005). A maior queda foi registrada no Amazonas (-20,0%), refletindo o forte impacto negativo vindo do setor de material eletrônico e equipamentos de comunicação.
Rio Grande do Sul (-6,7%), Santa Catarina (-2,2%), Paraná (-1,2%) e Minas gerais (-0,8%) também ficaram abaixo da média nacional. Entre os que assinalaram expansão, Espírito Santo (16,1%), Pará (14,8%), Ceará (7,0%) e Pernambuco (6,1%) alcançaram as taxas mais expressivas. As indústrias da região Nordeste (2,0%), Goiás (2,0%), Bahia (1,3%), Rio de Janeiro (0,8%) e São Paulo (0,5%) também registraram resultados positivos.
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