| 07/08/2006 11h24min
O crescimento da produção industrial neste ano será menor do que previam os analistas de mercado consultados pelo Banco Central. Há um mês eles acreditavam em crescimento de 4,21%, mas os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se encarregaram de reduzir o otimismo inicial para 4,15% na pesquisa da semana passada, e agora cai mais um pouco, para 4%.
Com isso, fica cada dia mais distante de se confirmar a previsão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas no país – seria superior a 4% neste ano.
A projeção permanece em 3,60% há nove semanas, com possibilidade de aumentar para 3,70% no ano que vem, enquanto a proposta do Executivo para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aponta 4,75%. Os economistas do setor privado são consultados todas as sextas pelo Banco Central e suas expectativas são publicadas no boletim Foucs, semanalmente.
Eles reduziram, porém, a expectativa de relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, no final do ano. A projeção anterior era de terminar 2006 com dívida equivalente a 50,40% do PIB. Ou seja: mais de metade de tudo que se produz no país comprometido com a dívida. Previsão que, de acordo com o boletim Focus, deve cair para 49,20% em 2007.
A pesquisa semanal do BC aponta pequena melhora – de US$ 15 bilhões para US$ 15,50 bilhões – na expectativa de entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo. Leve melhora, também, no saldo da balança comercial (exportações menos importações), que passaria de US$ 40 bilhões para US$ 40,05 bilhões. Com isso, o saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o Exterior, aumenta de US$ 8,65 bilhões para US$ 8,80 bilhões.
De acordo com o boletim Focus, essas projeções fazem parte de um cenário no qual a taxa básica de juros (Selic), atualmente de 14,75% ao ano, caia para 14,50% na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará no final deste mês e encerre 2006 em 14%, descendo pelo menos mais um ponto percentual em 2007.
A pesquisa do BC prevê, ainda, que a cotação do dólar cairá de R$ 2,23 na projeção da semana passada para R$ 2,20 neste ano, e descerá de R$ 2,35 para R$ 2,34 na cotação de 2007.
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