| 07/08/2006 10h40min
Depois de nove semanas seguidas de queda, a expectativa de inflação dos especialistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central ficou estável. De acordo com o boletim Focus divulgado hoje com os dados da pesquisa realizada na última sexta, foi mantida a projeção de 3,74% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. Bem abaixo, portanto, da meta de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com os economistas da iniciativa privada, o IPCA, que serve de parâmetro para as trajetórias de metas oficiais, ficou em torno de 0,15% no mês de julho e deve dobrar neste mês. Mas o número oficial do mês passado só será divulgado na próxima sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora não haja nada à vista, pelo menos a curto prazo, que ameace o controle inflacionário, eles elevaram de 4,41% para 4,45% a previsão de inflação para os próximos 12 meses. Isso, apesar de os preços no atacado terem projeções menores: o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) manteve expectativa de 3,58% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) continua com perspectiva de 3,53%.
A única elevação de inflação no varejo aconteceu na capital paulista, onde o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) aumentou a projeção de 2,31%, na semana passada, para os atuais 2,32%. No entanto, se refere apenas ao mercado paulista, enquanto o IPCA faz projeção nacional para as famílias com renda mensal até 40 salários mínimos.
Os preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, transporte urbano e outros) também mantiveram a projeção de reajustes acumulados ao longo de 2006 em 4,40%, com possibilidade de aumento para 4,50% no ano que vem.
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