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O ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, exonerou o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Espírito Santo, João Adílson Scalfoni. Ele será substituído pelo inspetor Farid Sipaúba, que ocupa, atualmente, a Superintendência da PRF em Tocantins.
Com a nomeação, Farid passará a responder pelos dois Estados. Segundo reportagem publicada nesse domingo, dia 21, na Folha de S.Paulo, Scalfoni já foi filiado à Scuderie Detetive Le Cocq, organização acusada de estar por trás das principais ações criminosas no Estado. Scalfoni é integrante de um grupo seleto que participou, na quarta-feira passada, da reunião, em Vila Velha (ES), que definiu a estratégia da missão especial. A Polícia Rodoviária Federal será uma das primeiras a receber reforço do efetivo e investimentos.
O próprio Scalfoni anunciou reforço de 50 homens para as fronteiras. Scalfoni afirma que não informou aos integrantes da missão especial que já foi sócio da Scuderie "porque ninguém perguntou". O nome do patrulheiro consta nos arquivos da Scuderie como o filiado número 263 na filial capixaba. Ele pertenceu à organização de 1988 até o final de 1989. As fichas cadastrais da organização foram obtidas pelo investigador da Polícia Civil Francisco Badenes Júnior, em 1993.
Por meio de mandado judicial, o detetive teve acesso aos arquivos na sede da entidade. Nesta segunda, Badenes faz parte do Programa Nacional de Proteção à Testemunha. Fundada como entidade filantrópica em 1984, a Scuderie é apontada pelo Ministério Público como o braço armado do crime organizado capixaba. A missão especial foi constituída pelo novo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro. Foram deslocados para o Espírito Santo 50 policiais federais, cinco delegados e dois peritos. Cinco procuradores da República também integram o grupo, mas ainda não estão no Estado, com exceção de Henrique Herkenhoff, procurador-chefe no Estado.
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