| 12/07/2002 09h32min
O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, informou que o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão discutindo uma nova ajuda financeira "de contingência" ao país. Fraga encerrou na quinta-feira, 11 de julho, uma visita de três dia a Nova York e Washington, onde se reuniu com as mais altas autoridades econômicas dos Estados Unidos e do FMI, além de banqueiros, investidores e executivos do mercado financeiro internacional. Segundo Fraga, o Fundo apoiou a idéia de um plano contingente, para prevenir possíveis crises.
O presidente do BC ressaltou que o acordo ainda não está sendo negociado, mas que isso poderá acontecer a qualquer momento. Segundo ele, o mais importante é que o país tem o apoio do FMI. A nova ajuda poderá vir na forma de uma simples elevação do valor do atual acordo com o Fundo ou com a criação de um novo programa, que protegeria a economia na transição e já no novo governo. Fraga disse que a definição de qual será a forma da ajuda estaria dependendo da evolução dos debates.
Na segunda-feira, em Madri, na Espanha, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, admitiu a possibilidade de o Brasil negociar um acordo de transição com o Fundo. Fraga manifestou otimismo em relação à manutenção do apoio do FMI e do governo dos EUA após a eleição, embora tenha advertido que para isso o novo presidente eleito deverá manter políticas econômicas sadias.
Armínio Fraga propôs ao deputado Aloízo Mercadante (PT-SP), um dos principais economistas do partido, uma reunião na próxima semana. Ele deverá relatar os resultados da visita aos EUA e as preocupações dos investidores estrangeiros em relação ao país. No telefonema a Mercadante, Fraga disse que está procurando deixar claro, para os investidores, que qualquer que seja o próximo governo, haverá transparência, responsabilidade fiscal e baixa inflação. A atitude de Fraga desagradou integrantes do PSDB.
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