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Um grupo de defesa de direitos legais, o Judicial Watch, entrou com ontem um processo na Justiça contra o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, e a Halliburton, empresa que ele dirigiu por cinco anos na década de 90, por suposta fraude contábil.
Com a notícia, a Bolsa de Nova York atingiu o menor nível desde setembro passado, época dos atentados aos EUA. A Nasdaq, que reúne empresas do setor de tecnologia, desceu ao menor patamar em cinco anos.
Na quarta-feira, o presidente George W. Bush propôs uma série de medidas para deter a onda de escândalos envolvendo grandes empresas. Segundo ele, o país entraria numa "nova era de integridade nas corporações". O pronunciamento, uma reação à atuação da Casa Branca ante as irregularidades envolvendo corporações como Enron, WorldCom, Global Crossing, Merck, Xerox, Tyco e Adelphia, frustrou investidores.
O processo sustenta que Cheney, quando presidente-executivo entre 1995 e 2000, e outros diretores da Halliburton inflaram as receitas em US$ 445 milhões, de 1999 a 2001, para impulsionar as ações da empresa. A manipulação teria sido feito em conjunto com a empresa de auditoria Arthur Andersen, para enganar os acionistas.
Segundo um porta-voz da Casa Branca, o vice-presidente acredita que o caso não tem fundamento. A Halliburton, por sua vez, considerou as acusações de manipulação contábil "infundadas". O Judicial Watch afirma também que as recentes medidas de Bush para combater as fraudes contábeis têm a intenção de desviar as atenções da conduta de Cheney e de sua própria como homens de negócios. Bush anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar crimes financeiros, propôs penas mais longas a fraudadores e pediu mais recursos para a SEC ampliar sua fiscalização.
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