O presidente argentino Eduardo Duhalde anunciou nesta terça-feira, 2 de julho, que decidiu antecipar para 2 de março de 2003 a realização das eleições presidenciais antes previstas para 14 de setembro do próximo ano. O novo presidente eleito assumiria em 25 de maio. Para isso, no entanto, o Congresso precisa modificar a chamada Lei de Acefalia, o que já estaria acertado, segundo fontes parlamentares.

– Decidi que dentro de quatro meses os argentinos escolherão em eleições internas abertas e democráticas seus candidatos a presidente e vice-presidente da República, e 120 dias depois todos nós decidiremos quem nos conduzirá pelos próximos quatro anos – afirmou Duhalde, em mensagem transmitida por rádio e televisão.

As eleições primárias abertas – para que os partidos políticos escolham seus candidatos – serão realizadas em 2 de novembro. Duhalde disse que o país necessita de "um governo fortalecido pelo voto popular". Ele afirmou que, ao assumir, propôs-se um objetivo básico, "superar a situação pré-anárquica". Agora, segundo ele, o governo está muito perto de fechar as longas e difíceis negociações com os organismos internacionais.

Há vários pré-candidatos à eleição presidencial. A deputada Elisa Carrió é a mais forte deles, segundo as pesquisas. Dissidente da UCR, formou um novo partido, a ARI, e se transformou num fenômeno de popularidade no país. O maior número de pretendentes está no Partido Justicialista, majoritário no Congresso. Já manifestaram intenção de concorrer o ex-presidente Carlos Menem, que ontem comemorou seu 72 aniversário. Adolfo Rodríguez Saá, que presidiu o país por uma semana, em dezembro, também já anunciou suas pretensões.    Os governadores Juan Carlos Romero (Salta), Néstor Kirchner (Santa Cruz) também estão na lista, como Carlos Reutemann (Santa Fé), que ainda não se manifestou.      

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