| 30/06/2002 11h05min
Como ainda não havia feito na Copa, a Alemanha atacou mais por terra do que por ar. Embora não tenha sido ameaçado por nenhuma chance clara de gol na primeira etapa da final, o Brasil passou boa parte do tempo acuado em seu campo por conta da forte marcação adversária.
Isso comprometeu especialmente a saída de bola pelas laterais. Cafu e Roberto Carlos não conseguiram avançar como de costume, especialmente Roberto Carlos, já que pelo seu setor o time alemão tentou a maioria das jogadas, com Frings e Neuville.
Roque Júnior, Lúcio e Edmílson se portaram bem no jogo aéreo – o artilheiro Klose e seus companheiros não cabecearam uma bola sequer na área brasileira – e ainda arriscaram avançadas quando o meio-campo não apareceu para buscar jogo. Numa delas, Roque Júnior levou um cartão amarelo na intermediária adversária, depois de cometer falta para impedir um contra-ataque.
Logo no início do segundo tempo, a Alemanha voltou a pressionar. Assustou com Schneider, que numa cobrança de escanteio ficou livre e nem precisou saltar para a cabeçada. Por sorte, a bola saiu fraca e bateu em Edmílson. Aos quatro minutos, mais sufoco. Neuville, em cobrança de falta forte e com efeito, exigiu uma grande defesa de Marcos, que se esticou para mandar a bola, que ainda roçou em sua trave esquerda, para escanteio.
Por falta de maior combatividade do meio-campo, os alemães voltaram a rondar a entrada da área brasileira. Arriscaram chutes de longe e tentaram tabelas explorando a habilidade de Neuville, já que Klose estava completamente neutralizado. A pressão da Alemanha, no entanto, foi infrutífera, mesmo depois dos gols de Ronaldo, que garantiram o pentacampeonato. Esbarrou na bem posicionada, segura e confiante defesa brasileira.
Jogadores da Seleção comemoram o segundo gol, para desconsolo do alemão Kahn
Foto:
KAI PFAFFENBACH
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Reuters
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