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Preocupado com as conseqüências políticas da denúncia de que houve cobrança de propina na privatização da Companhia Vale do Rio Doce, o presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu o comando de uma operação para tentar impedir que a crise se amplie.
A ofensiva de FH foi iniciada na noite desta segunda-feira, dia 6, durante um jantar no Palácio da Alvorada. Entre os convidados do encontro - marcado antes da publicação das denúncias - havia os senadores Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do PFL, e José Jorge (PE), vice-presidente. Completaram a mesa os deputados do PSDB José Aníbal (SP), presidente nacional do partido, e Pimenta da Veiga (MG), um dos coordenadores da campanha de Serra.
Fernando Henrique não escondeu o pessimismo com os rumos da campanha eleitoral. Para vencer a disputa, afirmou o presidente a um dos interlocutores, seria necessário que os partidos aliados estivessem "rachando de felicidade, costurando um programa de governo comum, demonstrando confiança na vitória". Mas, no momento, ocorre exatamente o contrário: esses partidos exibem acentuada desunião.
FH lamentou a divisão interna do PSDB, com a troca de acusações entre Aníbal e o ministro da Educação, Paulo Renato Souza - que confirma ter ouvido em 1998 do empresário Benjamin Steinbruch, líder do grupo vencedor do leilão da Vale, queixas sobre um pedido de propina feito por Ricardo Sérgio, ex-diretor do Banco do Brasil e ex-arrecadador de campanha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
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