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O mercado financeiro teve nesta segunda-feira, 6 de maio, mais um dia tumultuado, com duas notícias negativas vindas do Exterior, mas saiu relativamente bem do novo teste. Denúncia sobre suposta cobrança de propina na privatização da Companhia Vale do Rio Doce foi o detonador do risco-país e dos preços dos papéis brasileiros. O dólar teve alta de 0,62%, atingindo a cotação mais alta desde 25 de fevereiro. O risco-país – que reflete a percepção de segurança dos investidores externos em relação ao país – subiu 3,07%, para 906 pontos. É o maior nível desde 4 de dezembro (912 pontos), há cinco meses.
A outra notícia ruim foi que o banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs recomendou a seus clientes reduzirem aplicações em ações de bancos e empresas de telecomunicações e energia brasileiros. Também sugeriu que transferisse seus investimentos do Brasil para o México. A instituição justificou a medida com o crescimento do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, que aumentaria as incertezas políticas. O relatório do banco americano atinge as ações de Bradesco, Unibanco, Telesp Celular, Embratel, Eletropaulo e Eletrobrás. O banco recomendou, porém, aumento dos investimentos em ações de companhias defensivas, como Vale do Rio Doce e Embraer, que têm o perfil exportador e se favorecem com a alta do dólar.
O risco-país havia fechado na sexta-feira em 879 pontos, e os analistas previam que o indicador passaria de 900 pontos nesta semana, refletindo as preocupações ou especulações do mercado com as eleições presidenciais. O Brasil permanece com o quarto maior risco no ranking dos países emergentes, medido pelo índice Embi+ do banco JP Morgan. Está atrás apenas de Argentina (4.853 pontos), Nigéria (1.444) e Equador (999).
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