| 12/02/2006 13h00min
O governo da Índia expressou hoje sua “profunda preocupação” com a crescente polêmica criada no país por causa da publicação de caricaturas de Maomé, segundo a edição de hoje do jornal The Hindu. Esta é a primeira vez que o Executivo indiano avalia as polêmicas charges, o que ocorreu após uma semana de manifestações de protesto de muçulmanos em diferentes regiões do país, entre elas Nova Délhi.
”É uma obrigação para todos nós ter sensibilidade em relação às crenças e sentimentos dos outros, e evitar qualquer ação que cause danos às pessoas", afirmou um comunicado do governo indiano. "O compromisso da Índia em relação à tolerância e à harmonia religiosas é inalterável, e não são aceitáveis ações que prejudiquem os sentimentos de qualquer de nossas comunidades", acrescentou. Na sexta, milhares de muçulmanos protestaram contra a Dinamarca na mesquita Jama Masjid de Nova Délhi, a maior da Índia, por causa das polêmicas caricaturas de Maomé. O imame da mesquita, Ahmed Bukhari, que convocou o protesto, criticou o silêncio do governo indiano sobre um assunto tão sensível, e exigiu que o Executivo reivindicasse desculpas públicas da Dinamarca por ter sido o primeiro país a divulgar as caricaturas do profeta do Islã. Ao contrário do que ocorreu em outros países, como o Afeganistão e o Líbano, os muçulmanos da Índia, que representam uma minoria de 140 milhões de pessoas, não provocaram incidentes graves nos protestos contra as caricaturas. Houve protestos, além de Délhi, em Lucknow (norte da Índia), com uma grande presença muçulmana, e em Bhopal (centro do país), todas elas após a oração de sexta-feira, dia sagrado muçulmano. As caricaturas do profeta do Islã foram publicadas no jornal conservador dinamarquês Jyllands-Posten em 30 de setembro e depois reproduzidas por vários jornais europeus. AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.