O empresário João Claudino Fernandes, presidente do Grupo Claudino, disse nesta quarta-feira, dia 10, ao jornal Meio Norte, de Teresina, que não fez doações para a campanha da ex-governadora do Maranhão e candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney. A declaração do empresário joga por terra a lista de nove supostos doadores encaminhada para a Justiça por Jorge Murad, marido da ex-governadora Roseana Sarney, onde Claudino teria doado R$ 300 mil para a campanha.

– Não fiz doação de campanha. Compramos três chalés nos Lençóis Maranhenses por R$ 150 mil. O pagamento foi feito em dinheiro – afirmou Fernandes.

Ele disse que sabia que a ex-governadora estava em campanha, mas não lhe foi pedido nenhuma doação. O empresário disse que se fosse convidado a contribuir, não se negaria a fazê-lo.

– Nós temos negócios no Maranhão e é uma pessoa ligada a nós. Há uma ligação de qualquer jeito – comentou.

Com relação ao envelope da Construtora Sucesso no qual foi encontrado o dinheiro no escritório da Lunus, o empresário disse:

– Aqui o dinheiro está pouco. Eu não sei explicar este episódio.

Ele disse que normalmente usam envelopes da construtora para transportar dinheiro, mas não soube explicar como um destes envelopes chegou ao escritório da Lunus. João Claudino informou que os R$ 150 mil foram enviados em espécie e não considera que seja muito dinheiro.

– Não é tanto assim, porque estávamos construindo uma estrada lá. Nós levamos mais dinheiro do que isso para pagamento de pessoal e compras, além de outros pagamentos. Uma obras destas envolve muito dinheiro e nós levamos dinheiro porque é uma região que não tem bancos – justificou.

Nesta quarta, João Claudino Fernandes não foi localizado em São Luís. Segundo a assessoria de imprensa do Grupo Claudino, o empresário viajou para o interior do Maranhão.

O empresário maranhense Nicolau Duailibe Neto, tio de Jorge Murad e um dos nove nomes que constam da lista de supostos doadores de R$ 1,34 milhão para a campanha da candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney, confirmou nesta quarta-feira, dia 10, que fez a doação de R$ 100 mil para a ex-governadora. Não explicou, porém, como e quando o dinheiro foi levado para a Lunus, empresa de propriedade de Roseana e Murad, e onde o dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal, em março.

– Isso é uma questão de família – afirmou.