| 25/01/2006 15h22min
Os altos preços do petróleo e as diferentes formas de evolução das economias de países como Estados Unidos e China dominarão o cenários global em 2006, avaliaram hoje analistas durante a abertura do Fórum Econômico Mundial (FEM).
A forma proposta para corrigir esses desequilíbrios é a "criatividade", afirmou na abertura dos debates Klaus Schwab, presidente e fundador do Fórum, realizado na cidade de Davos até 29 de janeiro com a participação de 2.340 líderes empresariais, políticos e acadêmicos, entre outros.
Stephen Roach, economista-chefe da empresa de serviços financeiros Morgan Stanley, disse que os desequilíbrios da economia global permanecerão em 2006, e alertou que "há um perigoso grau de satisfação na atualidade" tanto nos mercados como entre as autoridades econômicas.
– O ponto mais fraco em 2006 são os consumidores americanos – disse Roach, que também falou da bolha imobiliária dos EUA, que já começa a mostrar sinais de estar diminuindo.
Roach disse que o consumidor norte-americano tem que "insuflar" confiança no sistema.
– Há países como o México e a China com setores que dependem fortemente dos consumidores norte-americanos.
Laura Tyson, decana da London Business School, afirmou os preços do petróleo devem continuar altos, e que seria desejável que, no geral, "os Estados Unidos consumissem menos e a China, mais".
No entanto, também lembrou que muitas das previsões econômicas de 2005 não foram cumpridas.
– Os preços do petróleo vão ficar altos em 2006 – concordou Jacob Frenkel, vice-presidente do American International Group (AIG), que assinalou ainda que, embora ainda exista muito petróleo a ser extraído, "sua transformação é difícil, cara e levará muitos anos".
Estados Unidos, China e Índia seguirão sendo os grandes consumidores mundiais de petróleo, acrescentou Frenkel.
O vice-presidente do Banco (Central) da China, Min Zhu, disse que está sendo subestimado o Produto Interno Bruto (PIB) do gigante asiático, uma das economias emergentes mais vibrantes, junto à Índia.
Min Zhu admitiu em Davos que o recorde de exportações do país o ajudou a duplicar sua capacidade econômica em uma década, e previu que o PIB chinês crescerá este ano entre 8,8% e 9,3%.
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