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FMI prevê crescimento de 2,5% do PIB no Brasil para este ano

BC admite que meta de inflação anualizada com o Fundo deverá estourar em março

A nova revisão do acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano. O governo federal, por sua vez, admitiu que a meta central de inflação anualizada pode ser estourada em março. O estouro, que continuaria sendo influenciado pela alta de preços no ano passado, não seria na taxa do ano.

– Em março, devemos ficar abaixo da banda larga, de 7,8%, mas um pouco acima da banda mínima, de 6,8% – disse o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

Goldfajn acrescentou que, a partir de junho, as projeções indicam a volta da trajetória de queda.

As estimativas de crescimento e de estouro da meta de inflação anualizada em março foram divulgados nesta terça-feira, 26 de março, pelo Ministério da Fazenda. De acordo com o Memorando de Política Econômica, um dos documentos da revisão, o crescimento da economia este ano será impulsionado pelas exportações e recuperação do consumo e do investimento privado no decorrer do ano. Esse memorando foi elaborado na segunda revisão do acordo do Brasil com o FMI, realizada em fevereiro e aprovada na segunda-feira pela diretoria do Fundo.

Até fevereiro, a estimativa de crescimento do PIB girava em torno de 2% e 2,5%. O governo brasileiro confirmou no acordo com o FMI a estimativa, já feita pelo Banco Central, de um superávit da balança comercial de US$ 5 bilhões neste ano. O memorando confirma esse número, corrigindo a previsão anterior que era de superávit de US$ 6 bilhões. Com isso, a previsão de déficit em conta corrente (um dos principais indicadores das contas externas brasileiras) foi elevada para cerca de US$ 20,6 bilhões, ante estimativa anterior de menos de US$ 20 bilhões.

Na segunda revisão do acordo, o governo brasileiro também reviu a previsão de ingresso de investimentos estrangeiros diretos, passando de US$ 16 bilhões para US$ 18 bilhões.

 
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