O governo federal se reúne na segunda-feira, dia 25, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para revisar os termos do acordo acertado entre o Fundo e o Brasil no final do ano passado. No encontro, o FMI fará a terceira revisão do acordo e pode promover mudanças em algumas das atuais metas do Brasil.

Entre essas medidas está a autorização para que o Banco Central volte a intervir no mercado de câmbio com operações de derivativos. Em visita a São Paulo, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, não quis comentar a inclusão desse termo na revisão, mas também não descartou a possibilidade. Desde 1998, o Brasil ficou impedido de atuar no mercado de câmbio utilizando derivativos.

Recentemente, o BC anunciou a intenção de realizar operações conjugadas de venda de Letras Financeiras do Tesouro (LTF), papéis pós-fixados, atreladas a contratos de swap (troca) cambial no mercado. Apesar de negada pelo diretor de Política Monetária do BC, Luis Fernando Figueiredo, a operação é considerada por alguns analistas como um derivativo. O novo acordo com o FMI pode ser um passo para regulamentar a utilização desse mecanismo.