Com 0,36% de variação em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2005 com 5,69%. O resultado ficou 1,91 ponto percentual abaixo do resultado de 2004 (7,6%) e acima do centro da meta do governo, de 5,1%. A margem de tolerância é de 2,5 pontos percentuais.

Dentre os grupos de produtos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), transportes (8,07%) apresentou a maior variação de preços ao longo de 2005. Alimentação e bebidas (1,99%) apresentaram a menor.

Para o IBGE, a boa oferta de produtos agrícolas - apesar da queda de 5,5% na safra de 2005 - e a influência da queda do dólar - que manteve uma relativa estabilidade de preços em produtos como higiene pessoal e propiciou a queda de produtos de informática e TVs - contribuíram para o recuo da inflação na comparação com o ano de 2004.

A desaceleração da taxa de crescimento do IPCA de novembro para dezembro é atribuída à desaceleração nos preços dos transportes (de 0,66% para 0,24%) e dos alimentos (de 0,88% para 0,27%) levou.

A gasolina (-0,18%) chegou a apresentar pequena queda, após os aumentos de setembro (3,36%) e outubro (4,17%) como efeito de reajuste, além da variação residual de 0,83% de novembro.

O grupo alimentação e bebidas baixou principalmente em razão das carnes (de 1,78% para 0,41%), do frango (de 1,22% para -1,34%) e de produtos in natura como tomate (de 36,03% para -0,08%) e cebola (de 18,03% para -1,57%). A batata-inglesa (de 43,89% para 31,38%) destacou-se pela alta, mesmo tendo mostrado redução de um mês para o outro.

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi registrado em Fortaleza (0,66%) tendo em vista os itens ônibus intermunicipal (8,06%), taxa de água e esgoto (5,90%) e condomínio (2,14%). O menor índice foi registrado na região metropolitana de São Paulo (0,26%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,40% em dezembro, abaixo da registrada em novembro (0,54%). A desaceleração da taxa de um mês para o outro é atribuída, principalmente, à redução na taxa do grupo transporte, que passou de 0,74% para 0,36%.

O INPC fechou o ano de 2005 com taxa de 5,05%. Os alimentos ficaram com 1,43%, enquanto os não alimentícios aumentaram 6,59%. Em 2004 o resultado do ano foi 6,13%, com alta de 2,92% nos alimentícios e 7,56% nos não alimentícios.