| 09/12/2005 09h54min
A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado no sistema de metas do governo, caiu de 0,75% em outubro para 0,55% em novembro, informou o IBGE nesta sexta
No ano, o IPCA acumula alta de 5,31%, percentual acima da meta ajustada do Banco Central (BC), de 5,1%. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 6,22%.
O número de novembro veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado. Segundo pesquisa do BC com economistas de cem instituições financeiras, a projeção do IPCA de novembro era de alta de 0,50%.
A redução do IPCA, no mês, deveu-se à desaceleração nos preços dos itens ligados aos transportes: em outubro, o grupo atingira 2,21% e fora responsável por 65% do índice. Já em novembro, baixou para 0,66%. Após os aumentos de setembro (3,36%) e outubro (4,17%), ligados aos reajustes nas refinarias, a gasolina apresentou variação residual de 0,83%. O álcool, que, em outubro, havia concentrado alta de 10,48%, teve crescimento de preços mais moderado: 2,52%.
Além dos combustíveis (de 5,35% em outubro para 1,15% em novembro), o menor crescimento das taxas das passagens aéreas (de 11,06% para 5,04%) e dos ônibus urbanos (de 1,10% para 0,64%) fizeram a despesa com transportes subir menos. Nos ônibus urbanos, a variação de 0,64% se deve às regiões de Goiânia (9,09%), Recife (5,33%) e Salvador (1,80%). Em Goiânia, o reajuste foi de 20% a partir de 12 de outubro; em Recife, de 10% em 11 de novembro; e em Salvador, de 13,3% a partir de primeiro de outubro.
Outros itens tiveram variações maiores de um mês para o outro. O principal impacto (0,06 ponto percentual) ficou com a energia elétrica, com 1,30% (0,51% em outubro).
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