| 23/03/2002 19h02min
O Palácio do Planalto não definiu um horário para a retirada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da fazenda Córrego da Ponte, da família do presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso informou que o horário será definido a partir das ações do delegado da Polícia Federal que se dirigiu ao local. Afirmou que os agentes não vão se aventurar em ações arriscadas, como invadir a fazenda em uma operação noturna. Uma tropa do Exército – cerca de 300 homens – foi deslocada para a fazenda.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, classificou de terrorismo a invasão do local. De acordo com ele, todos os brasileiros tiveram simbolicamente suas casas invadidas. Segundo o general Alberto Cardoso, o advogado da família do presidente Fernando Henrique Cardoso já pediu manutenção de posse da propriedade, deferida pela justiça de Buritis. A Polícia Federal, que conta com 40 agentes no local e mais 40 a caminho, apresenta o mandado aos invasores.
Uma nota divulgada pelo MST afirma que cerca de 500 famílias ocupam a fazenda e reivindicam, entre outras medidas, o assentamento de 80 famílias na região e de 80 mil famílias acampadas em mais de 600 localidades em todo o país, além da liberação de recursos para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).
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