| 13/12/2005 15h17min
A Petrobras publicou hoje em seu site uma nota dizendo que não haverá alteração em sua política de preços no mercado interno "que visa a acompanhar no médio prazo os preços internacionais em função dos fundamentos de oferta e demanda, evitando trazer para o mercado interno eventual volatilidade causada por fenômenos climáticos, ameaças políticas ou outros eventos de natureza temporária e localizada".
Ontem, ao participar da assinatura do contrato de financiamento para a plataforma P-53, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, havia dito que a conquista da auto-suficiência na produção de petróleo em 2006 dará à empresa mais independência em relação às cotações do mercado internacional.
– A situação na economia brasileira ficará mais independente da situação do mercado internacional, tanto em termos físicos de fornecimento quanto em termos de preço. Portanto, podemos ter uma certa separação entre os preços brasileiros e internacionais – afirmou Gabrielli.
Na nota, que não chegou a ser enviada à imprensa, a empresa confirma as declarações de Gabrielli, mas as retira de contexto dizendo que ela estava relacionada à balança comercial brasileira.
"Através das palavras de seu Presidente a Petrobras entende que de fato 'a economia brasileira ficará mais independente das situações do mercado internacional, tanto em termos físicos quanto de preços', pois a auto-suficiência retira da balança comercial a vulnerabilidade que no passado provocou sérios impactos no equilíbrio das contas externas do país como em 1973, 1979 e 1990".
Ao responder a questão, Gabrielli respondia a uma pergunta específica de um jornalista sobre o impacto da auto-suficiência para os preços cobrados ao consumidor brasileiro.
A empresa diz ainda que "poderá haver uma certa separação do preço brasileiro do preço internacional à luz da flexibilidade operacional adquirida pela companhia que hoje pela primeira vez produz, processa e vende no mercado interno aproximadamente os mesmos volumes”.
E destaca que, ao contrário das informações publicadas pela imprensa nesta terça, a conquista da auto-suficiência "fortalece a necessidade da Petrobras considerar, na determinação dos seus preços, as particularidades que determinam o consumo no mercado doméstico de seus produtos, ressaltando-se a existência de substitutos como GNV, biodiesel e álcool, cujo efeito é acentuado pelo desenvolvimento recente dos carros flex-fuel".
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