O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, divulgou nesta quinta-feira, dia 7, o resultado do levantamento sobre a seca no oeste do Estado. A pesquisa foi coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e foi realizada de 18 a 28 de fevereiro nos 97 municípios que ainda estão em situação de emergência no oeste.

O estudo mostra que a estiagem provocou um prejuízo de R$ 140 milhões em Santa Catarina. Cerca de 40 mil famílias tiveram alguma perda, sendo que 25 mil tiveram prejuízos acima de 40%. Segundo Zonta a cultura do milho foi a mais atingida, com uma produção 47% menor que a prevista para o oeste. Isso representa um volume de 550 mil toneladas. No feijão a perda foi de 25 mil toneladas (10% da safra). Somente em grãos o prejuízo foi de R$ 109 milhões.

A área leiteira também foi atingida com as pastagens que secaram. A diminuição da produção causou um impacto negativo de R$ 30 milhões. Já em hortaliças e legumes o Estado perdeu R$ 1 milhão.

Os técnicos do Estado e dos municípios vão visitar as 25 mil famílias que foram mais prejudicadas para confirmar o credenciamento da bolsa-estiagem reflorestamento. A meta é começar o pagamento de R$ 180 (em duas parcelas) a partir do final de março. Zonta disse que os dados também serão encaminhados aos Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, para solicitar prorrogação das dívidas e crédito de manutenção no valor.