| 05/12/2005 17h00min
O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, explica nesta quinta, dia 8, as providências que estão sendo tomadas para evitar que a gripe aviária chegue ao Brasil. A audiência pública foi proposta pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara
Os deputados Zonta (PP-SC), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Ronaldo Caiado (PFL-GO), que sugeriram a audiência, argumentam que a gripe aviária poderá causar enormes danos econômicos e sociais, a exemplo do que já ocorreu em países asiáticos. A audiência pública integra os esforços da Câmara para pressionar o governo a adotar medidas preventivas em razão de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Divulgado no mês passado, o alerta da OMS pediu que os países se preparem para uma eventual pandemia. Além da Ásia, já foram identificados focos de gripe aviária na Europa e também na Colômbia. Em uma reunião em Ottawa, no Canadá, em outubro deste ano, o ministro Saraiva Felipe defendeu o fortalecimento da vigilância epidemiológica em escala mundial e a facilitação do acesso dos países a vacinas e antivirais como forma de evitar o surgimento de uma possível pandemia de gripe.
O governo brasileiro já criou um grupo de trabalho interministerial coordenado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de promover a execução integrada do Plano Brasileiro de Contingência para a Pandemia de Gripe. O ministério também criou neste ano 14 novas unidades sentinelas, que auxiliarão no alerta caso haja diagnóstico de gripe aviária na população brasileira. Com as novas instalações, a rede de alertas nacional conta agora com 66 pontos de detecção, que estão espalhados por 20 estados e no Distrito Federal. As sentinelas são hospitais, postos de saúde e policlínicas que recebem treinamento do Ministério da Saúde, equipamentos de informática e refrigeração e kits de coleta de amostras.
Além das unidades sentinelas, o Ministério da Saúde também providencia estoque estratégico de 9 milhões de kits para
tratamento completo do
anti-viral Oseltamivir (Tamiflu) e destinou R$ 3,1 milhões para acelerar a construção de uma nova fábrica do Instituto Butantã, que será o primeiro passo para o desenvolvimento da produção de uma vacina brasileira.
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