| 30/11/2005 11h32min
Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) entre o segundo e o terceiro trimestre já era esperada por todo o mercado, mas surpreendeu pela sua magnitude. Na sua avaliação, "o governo errou a mão" e exagerou na austeridade da política monetária, prejudicando bastante todo o setor produtivo.
– Há muito tempo a Fiesp tem alertado sobre o desaceleração da economia, que deixa um ambiente hostil para a atividade produtiva. Não há, por exemplo, a necessidade de se ter uma taxa de juro tão elevada. O governo podia buscar o objetivo da estabilidade sem matar o objetivo de maior crescimento. O governo podia dosar o veneno com mais paciência. Colocaram veneno em um corpo sadio – disse Francini.
Para ele, o PIB deve apresentar um resultado medíocre no ano, abaixo de 3%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB caiu 1,2% no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Sobre o mesmo período de 2004, houve alta de 1%. No acumulado do ano, a soma das riquezas geradas pelo país ainda apresenta alta de 2,6%. Coincidentemente, a atividade da indústria também caiu 1,2% no terceiro trimestre. Francini disse que não há como obter um bom resultado com a economia caminhando a passos lentos.
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