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 | 11/10/2005 16h31min

Parlamentares cassáveis dizem que não irão renunciar

Petistas estão confiantes em oportunidade de defesa no Conselho de Ética

Logo após a Mesa da Câmara decidir enviar para o Conselho de Ética as representações contra 13 deputados que foram citados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, os parlamentares citados começaram a se pronunciar sobre uma possível renúncia para preservar os direitos políticos.

Os deputados petistas estão confiantes na defesa no Conselho de Ética. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) falou que responderá serenamente ao processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho. João Paulo afirma que irá reclamar na Justiça qualquer prejuízo que tenha tido na análise da Mesa sobre seu processo.

– Não vou renunciar, vou responder ao processo normalmente. O que estou analisando, e já requeri a ata da reunião da Mesa, é se meus direitos foram de alguma forma afetados. Vou recorrer na própria Mesa e na Justiça se qualquer de meus direitos individuais tiver sido violado – disse o deputado.

O deputado João Magno (PT-MG) também afirmou que não vai renunciar e que confia na oportunidade de defesa perante o Conselho de Ética. Magno afirmou que irá apresentar provas e mostrar fatos que comprovariam sua inocência.

Já o presidente do PP, deputado Pedro Correia (PE), diz que não cometeu nenhum crime penal, fiscal ou eleitoral, e que seu nome foi envolvido apenas pelo fato de ter sido citado por testemunhas. Correia afirmou que as CPIs dos Correios e do Mensalão, bem como a Corregedoria da Câmara, não fizeram juízo de valor e que ele agora poderá arrolar testemunhas e acionar seus advogados para fazer sua defesa.

O líder do PP, José Janene (PR), disse que vai se preparar para responder ao processo e que não pensa em renunciar ao mandato para preservar seus direitos políticos. Os deputados José Mentor e Pedro Henry ainda fizeram uma última tentativa de interromper a votação. Segundo o primeiro-secretário da Câmara, Inocêncio Oliveira (PL-PE), os dois deputados enviaram documentos à Mesa para tentar provar que são inocentes durante a reunião que analisava os processos de cassação. Contudo, os papéis não foram analisados, sendo anexados às representações que serão enviadas ao Conselho de Ética. 

AGÊNCIA O GLOBO
 
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