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 | 22/09/2005 20h42min

Compra de travellers checks por Quaglia é legal, segundo Besc

Presidente do banco diz que auditoria não encontrou problemas nas operações

Uma auditoria nas operações de compra de travellers checks feitas pelo empresário argentino Carlos Alberto Quaglia junto ao Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) não apontou nenhuma irregularidade nas transações.

A informação é do presidente do banco, Eurides Mescolotto.

– Todos os procedimentos foram feitos dentro das normas do Banco Central (BC) – assegurou Mescolotto hoje, de posse do resultado da auditoria.

O trabalho foi iniciado na segunda-feira, com a análise de microfilmagens e do arquivo do banco.

O presidente do Besc disse que as exigências do BC eram de que todas as operações que ultrapassassem R$ 10 mil fossem informadas imediatamente, e que o comprador, no caso Quaglia, atestasse através de assinatura que os travellers checks fossem para viagem turística

A empresa do argentino, a Natimar, foi apontada nos depoimentos de Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus Banval, e do doleiro Toninho da Barcelona como parte do esquema de lavagem de dinheiro do mensalão organizada por Marcos Valério.

Toninho também afirmou que a Natimar seria na verdade do doleiro uruguaio Najun Turner.

Quaglia nega que a empresa, com sede em Florianópolis, tenha participação no esquema e que seja de Turner.

A reunião administrativa da CPI dos Correios que definiria a data para tomada de depoimento de Quaglia, marcada para hoje foi adiada para a próxima quarta-feira por falta de quórum.

O requerimento para que o empresário deponha já foi aprovado, mas deputados oposicionistas da comissão, sobretudo do PSDB, querem que o depoimento seja antecipado ao máximo, após as informações prestadas por Toninho da Barcelona na terça-feira.

O empresário argentino comprou US$ 447 mil, em 17 operações realizadas no banco catarinense.

O valor representa quase metade dos recursos que Quaglia adquiriu entre janeiro de 1997 e fevereiro de 2000: US$ 990,3 mil, retirados em várias instituições bancárias, todos justificados com a finalidade de custeio de viagens internacionais.

DIÁRIO CATARINENSE

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