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 | 13/09/2005 18h47min

Bolsonaro volta à CPI para explicar presença de coronel

Militar reformado participou de prisão de Genoino no Araguaia

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Mensalão para explicar a presença do coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel na sessão que ouve o depoimento do ex-presidente do PT José Genoino.

Mais cedo, Bolsonaro foi responsável pelo momento mais polêmico da sessão ao chegar acompanhado do coronel reformado do Exército, que teria participado da prisão de Genoino na década de 70, quando o então guerrilheiro combatia a ditadura militar no Araguaia (MT).

Bolsonaro usou os 10 minutos a que tinha direito para explicar o episódio. Ele considerou revanchismo a reação da maioria dos parlamentares, que se revoltaram com a presença do coronel.

– Trouxe um amigo meu, coronel do Exército brasileiro, com mais de 70 anos, que foi combatente no Araguaia. Ele tinha essa curiosidade e eu o convidei para a sessão como um cidadão qualquer. Ele entrou mudo e saiu calado – afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro ainda criticou Genoino, relembrando sua atuação na guerrilha do Araguaia e atacando o governo federal pelas denúncias de corrupção e compra de votos. Ao criticar o governo petista, Bolsonaro fez uma alusão à tortura – Genoino foi preso pelo governo militar e torturado na década de 70.

– Hoje em dia, ninguém pode culpar o que chamam de ditatura militar para justificar o que o PT fez. Vossas senhorias por acaso foram torturados para fazer o que fizeram ou tramaram tudo isso num ambiente com ar condicionado? – questionou Bolsonaro, que também acusou o PT de ter tentado comprar seu voto na Câmara oferecendo a direção do Aeroporto Santos Dumont, no Rio.

José Genoino não quis se estender na resposta ao seu desafeto.

– O meu relacionamento com o senhor é o silêncio mudo, em nome da ética e do decoro parlamentar – limitou-se a dizer.

Logo no início do depoimento de Genoino, o presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), imediatamente pediu que o coronel se retirasse por entender que sua presença constrangia o depoente.

AGÊNCIAS O GLOBO E BRASIL
 
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