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 | 13/09/2005 15h43min

Genoino nega caixa dois em campanha a governador

Ex-presidente do PT disse que pediu aposentadoria por falta de renda

O ex-presidente do PT José Genoino disse hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão que não houve uso de caixa dois em sua campanha a governador de São Paulo, em 2002. Genoino contradisse declaração do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que afirmara ter existido o caixa dois, mas se negou a afirmar que Delúbio mentiu:

– Não vou fazer aqui qualquer juízo sobre o que possa ter dito o senhor Delúbio Soares. O que eu posso dizer é que isso (caixa dois) não aconteceu. Eu era candidato a governador, fizemos uma campanha modesta, com R$ 6 milhões. O Duda Mendonça fez a campanha e o pagamento dele está registrado na prestação de contas. Não houve caixa dois na nossa campanha a governador.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) perguntou ao ex-presidente do PT José Genoino por que ele se aposentou como deputado federal se antes havia lutado contra a previdência parlamentar.

– Não concordo com essa afirmação. Nós trabalhamos muito para mudar os termos e as condições da aposentadoria parlamentar. A legislação que está aí hoje sofreu muitas modificações. Eu sempre defendi a aposentadoria proporcional, não a aposentadoria com apenas um mandato. Eu poderia ter me aposentado em janeiro de 2003 e, se eu tivesse recorrido nessa época, o valor seria muito maior que o atual – afirmou o ex-presidente petista.

Genoino aproveitou a pergunta para explicar o motivo de ter pedido a aposentadoria parlamentar. O ex-deputado apresentou sua carteira de trabalho e disse que, após ter deixado a presidência do PT, não possuía mais fonte de renda.

– Eu era registrado no PT com carteira assinada e um salário, quando pedi demissão. A partir desse momento, eu não tinha mais nenhuma fonte de renda. Meus bens estão todos declarados, eu tenho apenas uma casa no valor de R$ 120 mil e não tenho mais carro. O último que eu tive era de 1997. Por questão de sobrevivência, eu recorri à aposentadoria parlamentar, que, aliás é de R$ 6 mil e não de R$ 8 mil, como disseram – explicou Genoino.

Antes, Arnando Faria de Sá já havia perguntado a Genoino quem pagaria a conta das advogadas que estavam acompanhando Genoino.

– Eu vou ver como vamos acertar depois, com o PT ou com amigos. Eu não tenho condições de pagar, todos sabem como eu vivo, em que condições eu vivo. Vou tentar ver isso com o PT – afirmou.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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