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 | 06/09/2005 16h45min

Revista traz cópia de documento que incriminaria Severino

Com apenas cinco linhas, texto prorroga contrato de Buani por três anos

A revista Veja divulgou hoje uma reportagem em que traz a cópia do documento em que Severino Cavalcanti (PP-PE), então primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, prorroga o contrato do empresário Sebastião Augusto Buani de 2002 até 2005. Buani tem a concessão do restaurante Fiorella, que funciona na Casa.

A revista publicou na semana passada uma reportagem em que Buani afirmava ter pago uma propina de R$ 10 mil a Severino, pelo contrato, e que, pela renovação, teria pago R$ 40 mil – metade para o atual presidente da Câmara, metade para o deputado Gonzaga Patritota, do PSB de Pernambuco, terra de Severino.

Na última nota divulgado pelo presidente da Câmara à imprensa, ele negava todas as acusações, inclusive a existência do documento de prorrogação. A revista informa que submeteu o material à análise de um especialista, que não encontrou sinais de fraude ou falsificação.

Com a divulgação, a situação de Severino se complica e aumenta ainda mais a crise no governo – que hoje elaborou estratégias de defesa para o deputado pernambucano. Primeiro, Severino não poderia prorrogar nenhum contrato sozinho e pode ser acusado tanto de violar o Regulamento dos Procedimentos Licitatórios quanto por quebra de decoro parlamentar – uma vez que o documento não tinha validade legal e, supostamente, o deputado só teria assinado para enganar o empresário. A mentira de que não teria assinado tal documento, divulgada na nota oficial de Severino, também constituiria quebra de decoro parlamentar.

Em depoimento à Diretoria-geral da Câmara ontem, Sérgio Buani negou que tenha pago propina a Severino Cavalcanti.

 
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