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 | 05/07/2005 12h40min

Martins diz que Wascheck concordou com divulgação da fita

Ex-agente da Abin depõe na CPI dos Correios nesta terça

O ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Jairo Martins de Souza, começou a depor na manhã desta terça na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Martins é acusado de ser o responsável pelo equipamento de gravação que flagrou o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil e falando sobre um suposto esquema de corrupção na estatal.

Em depoimento, Martins afirmou que o empresário Artur Wascheck Neto concordou com a divulgação da fita para a revista Veja. A declaração contradiz o depoimento que Wascheck, mandante da gravação, deu à CPI. O empresário disse à CPI que foi surpreendido pela divulgação da fita e afirmou que não queria que ela chegasse à imprensa.

Martins, que forneceu o equipamento usado na gravação, diz que desde o início estava entendido que parte de sua função no caso era tornar pública a fita. Ele explicou que, em razão das ameaças, pediu que seu depoimento fosse tomado em reunião secreta. O pedido foi negado pelo vice-presidente da comissão, senador Maguito Vilela (PMDB-GO).

Jairo explicou que sua participação na gravação da fita limitou-se à aquisição do equipamento. Ele informou que comprou a câmera e os acessórios necessários em uma feira de produtos importados de Brasília, chamada de feira do Paraguai, e garantiu a divulgação do conteúdo da gravação para o jornalista Policarpo Junior, da revista Veja. A compra e a negociação da divulgação, segundo ele, foram feitas a pedido do empresário Arthur Waschek Neto, que alegou a intenção de denunciar irregularidades em licitações dos Correios.

Além dele, está previsto para depor hoje o ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) José Fortuna Neves, que teria afirmado, em depoimento à Polícia Federal, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava os Correios a pedido da Casa Civil. O atual agente da Abin Edgar Lange, que teria avisado Fortuna sobre a participação da Casa Civil nas investigações, também deverá prestar esclarecimentos à comissão.

 
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