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 | 03/07/2005 21h35min

Petistas pedem renúncia de cúpula do partido

Assinaturas para convocação do diretório estão sendo recolhidas

A matéria da revista Veja sobre a existência de um empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo PT em 2003, cujo avalista é o empresário Marcos Valério de Souza, fez com o que os petistas de todo o país se organizassem para pedir a renúncia da cúpula do PT – o presidente do partido, José Genoino; o tesoureiro, Delúbio Soares; e o secretário-geral do partido, Sílvio Pereira. Marcos Valério é o acusado de operar o suposto esquema do mensalão.

Um dia depois da divulgação de novas denúncias, Genoino, resolveu cancelar uma reunião da executiva que havia sido convocada para hoje. O encontro, marcado para debater a situação de Delúbio Soares, foi transferido para terça-feira "porque alguns dos membros não poderiam comparecer". Irritadas, as correntes Articulação de Esquerda, Democracia Socialista e Movimento PT começaram a colher assinaturas para convocar o diretório nacional do PT no próximo sábado e recompor o comando do partido.

Apenas Delúbio e Sílvio eram alvos de pedidos de afastamento, por suposto envolvimento com o esquema do mensalão. Veja mostra que Valério foi avalista de um empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo PT junto ao banco mineiro BMG. Ao lado da sua assinatura, aparecem Genoino e Delúbio como signatários. Valério negava relações com os petistas que não fossem de caráter profissional, à exceção da amizade com o tesoureiro. Uma das agências do publicitário, a SMP&B, trabalha para os Correios e para a Câmara. As empresas de Valério já faturaram mais de R$ 140 milhões em contratos de prestação de serviço para estatais.

Procurado por Veja na semana passada, Genoino negou a existência do empréstimo. Depois da publicação, o presidente do PT voltou atrás: teria assinado o empréstimo sem ler o contrato, em confiança a Delúbio. Em nota, o tesoureiro afirmou que, pelo fato de o partido ter patrimônio insuficiente, o banco exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível. Delúbio admitiu que o PT não conseguiu cumprir os pagamentos, por isso fez um refinanciamento e a primeira parcela – R$ 349.927,53 – foi paga por Valério.

As informações são do jornal Zero Hora.

 
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