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 | 26/05/2005 14h50min

Suplicy nega que CPI possa desestabilizar o governo

Senador não teme represálias do PT

O senador Eduardo Suplicy, único petista que votou a favor da criação da CPI dos Correios, disse nesta quinta, dia 26, que defendeu a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para proteger o Partido dos Trabalhadores. O parlamentar destacou que não acredita que a investigação, se bem conduzida, vá desestabilizar o governo.

Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha, Suplicy explicou que decidiu votar a favor – apesar da orientação do partido – depois que o senador Pedro Simon proferiu discurso lembrando do enfraquecimento por que o PMDB passou quando não assumiu seus compromissos políticos e barrou investigações no Congresso.

Eduardo Suplicy disse ainda que recebeu inúmeras mensagens de amigos, simpatizantes e até mesmo de desconhecidos pedindo que ele votasse a favor da CPI, todas apresentando argumentos muito fortes para que a investigação fosse realizada.

– Eu disse ao senador Paulo Paim e ao senador Cristovam Buarque: eu vou agora assinar pela CPI. Eles ficaram um pouco entristecidos, porque iríamos tomar uma decisão juntos, mas eles tinham liberdade para tomar sua própria decisão.

O senador disse a CPI foi aprovada por uma diferença de apenas nove assinaturas.

– Muitas pessoas disseram que não assinariam desde que houvesse número suficiente para que não houvesse a instalação. No meu caso foi diferente. Eu votei porque eu acreditava que era melhor. Acredito que a CPI não será desestabilizadora. Acredito que o governo, tendo maioria, poderá garantir que a CPI seja conduzida de forma correta – destacou.

Suplicy lembrou que não houve fechamento de questão pelo diretório nacional ou pela bancada do partido, embora houvesse recomedação para que o voto fosse contra a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

– Não houve fechamento de questão, mas como eu reconheço ter tomado uma decisão que contrariou a maioria e a organização do diretório, eu disse ontem (quarta) que se considerarem que meu procedimento não é condizente e recomendarem que eu não seja representante do PT ao Senado no ano que vem, eu compreenderei.

O senador anunciou que no próximo dia 26 de junho vai promover em São Paulo uma plenária popular para a avaliação de seu mandato.

 
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