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 | 07/05/2004 14h44min

Paim é excluído da comissão do mínimo e votará contra R$ 260

Senador afirma estar ciente de que pode ser expulso do partido

O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta sexta, dia 7, que votará contra o salário mínimo de R$ 260 proposto pelo governo, mesmo que o partido feche questão nas bancadas no Senado e na Câmara. Paim disse estar ciente de que poderá até mesmo ser expulso do Partido dos Trabalhadores, como ocorreu com a senadora Heloísa Helena (Sem Partido-AL) e o deputado Babá (Sem Partido-PA).

Paulo Paim disse que, se for confirmado o fechamento de questão, seu voto será "contra os R$ 260".

– Votarei contra qualquer projeto que venha para o Congresso que não garanta o mesmo percentual para os trabalhadores e para os aposentados e pensionistas – disse o senador.

Paim foi comunicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na noite dessa quinta, sobre seu afastamento da comissão mista que examina o salário mínimo, da qual foi eleito vice-presidente. Logo depois, o senador teve um encontro com a líder do partido, senadora Ideli Salvatti (SC). Segundo reproduziu Paim, Ideli lhe disse que, por decisão das bancadas do PT no Senado e na Câmara, qualquer parlamentar do partido contrário ao salário mínimo de R$ 260 seria afastado da comissão mista.

– Nem que eu saia, ou tenha que sair, por outro motivo, ou seja expulso (do PT), eu continuo vice-presidente do Senado até 1º de fevereiro (de 2005) e, se isso vale para a vice-presidência do Senado, vale para a vice-presidência da comissão – disse Paulo Paim.

Lembrando que é inédita a sua situação, de sair da comissão para a qual foi eleito vice-presidente, Paim disse que mesmo sem ter mais direito a voto na comissão, participará de todas as suas reuniões, onde terá direito a voz, como primeiro vice-presidente do Senado Federal.

O senador Paulo Paim disse ainda que está constrangido com a situação que foi criada pela líder Ideli Salvatti, responsável por sua indicação para participar da comissão na terça. A justificativa do partido é que Paim não poderia ser eleito vice-presidente da comissão por ser membro da Mesa Diretora do Senado, além do fato de que o presidente da comissão, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), deveria ter como vice um deputado federal, e não um senador.

Paim informou que apresentou cinco emendas dentre as mais de 80 já apresentadas à comissão mista, todas com valores em torno de R$ 300, próximo dos US$ 100 e que, nas votações em plenário, votará sempre por um valor maior que os R$ 260 propostos pelo governo.

As informações são da Agência Brasil.

 
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