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FMI acredita em crescimento elevado do Brasil este ano

Diretor-gerente do órgão diz ter "bom pressentimento" sobre a economia brasileira

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Köehler, parabenizou neste domingo, dia 29, as políticas econômicas do governo Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que o fundo acredita que o país voltará a ter forte crescimento este ano, após a contração de 0,2% da economia em 2003.

– Eu fiquei impressionado novamente com a determinação que o presidente (Lula) nos mostrou sobre a implementação de sua agenda – afirmou Köehler.

Ele elogiou o governo e disse que o "FMI calcula que o Brasil retornará a um forte crescimento este ano". O governo federal conseguiu um superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e concordou em conseguir o mesmo resultado em 2004, segundo os termos de um pacote de US$ 14 bilhões acertado com o fundo.

– Tenho um bom pressentimento sobre o Brasil – disse Koehler, prevendo que a maior economia da América Latina esteja no limiar de uma ampla recuperação econômica.

A previsão do governo é que o país cresça este ano entre 3,5% e 4%. Köehler encontrou-se com Lula neste domingo durante um churrasco no qual foi convidado pelo governo. Durante o almoço, o diretor-gerente do FMI discutiu com o presidente a necessidade de um novo relacionamento do fundo com os países na América Latina.

– Eu acho que países como o Brasil demonstram que o tempo em que precisavam receber instruções sobre política econômica acabou. O ministro (da Fazenda, Antonio Palocci) e o presidente sabem o caminho e portanto o FMI precisa agora definir um novo capítulo em seu relacionamento com a América Latina – disse Köehler.

O dirigente do FMI disse que esta nova fase deve ser dedicada à prevenção de crises financeiras e acrescentou que ele vai se reportar à direção do FMI, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre o assunto. Köehler afirmou que as instituições precisam "ir na mesma direção e fazer um novo esforço para tornar a América Latina uma região forte, com crescimento sustentável e que tire a população da pobreza, dando a ela esperança sobre o futuro".

Ele deu poucos detalhes sobre este esforço proposto, mas afirmou que os investimentos em infra-estrutura são chave para a geração de empregos e crescimento da América Latina. Palocci afirmou que o governo enfatizou em sua discussão com Köehler a necessidade de um período marcado por crescimento econômico nos países da América do Sul.

O ministro da Fazenda afirmou que o país está trabalhando com todos os países da América Latina sobre aproximações comuns junto a entidades internacionais e acrescentou que os futuros programas de financiamento do FMI devem representar "uma garantia contra choques externos ou dificuldades inesperadas".

As informações são da agência Reuters.


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