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Lula apresenta proposta de financiamento de infra-estrutura ao FMI

Presidente almoçou com diretor-gerente do fundo na Granja do Torto

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai estudar mecanismos para que países da América do Sul possam desenvolver projetos de investimentos em infra-estrutura sem prejuízo à disciplina fiscal. A proposta foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, durante almoço oferecido na Granja do Torto, em Brasília. Köhler teria aceitado a sugestão.

– É preocupante que os investimentos em infra-estrutura em muitos paises da América Latina declinaram no decorrer da última década, portanto eu instruí os técnicos do FMI para trabalhar um conceito de como podemos contribuir para que possa haver uma reversão – sinalizou Köhler, informando que, ainda neste ano, o conselho diretor do fundo chegará a uma fórmula.

À tarde, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ressaltou que o assunto vem sendo tratado por Lula e dirigentes de outros países da região.

– Todos têm ressaltado a importância de fortalecer a quantidade e a qualidade dos investimentos em infra-estrutura – comentou.

Palocci lembrou que a região está entrando em uma fase de crescimento econômico e necessita de fortes investimentos em infra-estrutura. Outro tema tratado no encontro foi a criação de mecanismos preventivos para futuros acordos entre o FMI e países membros, a exemplo do que vem sendo desenvolvido agora, no Brasil, envolvendo US$ 14,8 bilhões.

– Já há uma evolução importante na relação do fundo com países tomadores de empréstimo, capaz de fazer com que esses futuros programas sejam realizados sob a forma de seguros que os países possam tomar na medida em que tenham necessidades frentes a choques externos ou a dificuldades inesperadas, o que tiraria a necessidade de longos programas com os países – argumentou Palocci.

Este foi mais um pleito aceito por Köhler, que avaliou que os países como o Brasil demonstram que hoje não há necessidade de se discutir mais o que deu certo ou errado na América Latina.

– Este tempo já acabou – disse o diretor do FMI, ao afirmar que "o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central agora sabem para onde ir".

Köhler admitiu que o FMI precisa definir uma nova tônica nas suas relações com a América Latina.

– Este é um novo capítulo. Mais do que nunca, nós temos que nos concentrar na prevenção de crises e ter uma política acordada pelo conselho do FMI que ajude o bom desempenho na América Latina e a reafirmação de que eles podem depender de um apoio proativo e em tempo hábil do FMI, incluindo até os acordos preventivos – acrescentou.

Nesta segunda, juntamente com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, Köhler segue para Montes Claros (MG), para conhecer o Projeto de Irrigação do Jaíba, que distribui leite e cozinhas sertanejas, o maior da América do Sul na área de irrigação.

– Fiquei impressionado com o empenho com que o presidente Lula está implementando o programa Fome Zero – disse.

Köhler também elogiou Palocci e sua equipe pela política econômica desenvolvida ao longo do ano passado.

– Essas políticas estão começando a recompensar o país. Agora temos indicadores claros demonstrando que a economia do Brasil está crescendo e que nós vamos ter uma recuperação numa base mais ampla e sólida para o país, baseada em investimentos mais fortes, exportações mais fortes e o consumo também retornando – concluiu.

As informações são da Agência Brasil.


 
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