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 | 20/11/2003 08h20min

Governo sinaliza com MP e tenta acalmar Paim

Senador gaúcho quer paridade de reajustes entre ativos e inativos para atuais servidores

O senador petista Paulo Paim (SP) começou a abrandar seu discurso contra o texto da reforma da Previdência depois que o governo sinalizou com a edição de uma Medida Provisória para atender alguns pontos defendidos por ele.

– Tive esta convicção (de que os pontos serão mudados) quando em reunião com o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ele me disse que o governo aceita atender parte de minhas reivindicações através de medidas provisórias –  disse o senador por meio de nota distribuída por sua assessoria de imprensa.

De acordo com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), o Palácio do Planalto editará uma MP garantindo a paridade de reajustes salariais entre ativos e inativos para os atuais servidores – uma das principais reivindicações de Paim. O mecanismo já foi aprovado para os atuais aposentados.

– O que puder ser atendido por MP, será – disse Mercadante depois da reunião com Paim.

Além da senadora Heloísa Helena (PT-AL), Paim representa a única resistência dentro da bancada petista que insiste em votar contra a reforma. A insistência do senador preocupa o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que na semana passada reuniu a bancada no Senado com o objetivo de tentar dissuadir Paim de sua empreitada contra o texto do governo.

A tentativa do ministro, porém, não teve sucesso, pois Paim continuou declarando que defenderia suas posições até o fim, mesmo que tivesse que abandonar o partido. O senador chegou a comparar Dirceu ao general Golbery do Couto e Silva, homem forte do governo militar (1964-1985).

Apesar dos descontentes, o governo já tinha dado mostras de que não está disposto a ceder em outros pontos, como a definição de regras de transição para os servidores se adaptarem às inovações da reforma e a questão da taxação dos aposentados.

A discussão do subteto, por outro lado, teve um avanço prático. Na terça-feira, Mercadante disse que o relator suprimirá do texto da reforma todo o capítulo que trata do subteto nos Estados. O item permaneceria na PEC paralela e poderia ser discutido mais tarde, desta vez para atender à reivindicação do PMDB, que pede o estabelecimento de um único limite de salários nos Estados, regidos pelo salário do desembargador.

As informações são da agência Reuters.

 
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