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Armas iraquianas não são a ponta de um iceberg, afirma Blix

Inspetor da ONU no Iraque antes da guerra diz que não há armas de destruição em massa no país

O ex-chefe dos inspetores de armas da ONU Hans Blix atacou nesta quinta, dia 18, o "exagero" nas acusações dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha sobre as armas proibidas do Iraque usadas para justificar a guerra contra Saddam Hussein.

Blix, que chefiou inspetores que deixaram o Iraque em março, disse nesta semana acreditar que o Iraque extinguiu suas armas de destruição em massa há 10 anos. Ele afirmou à rádio BBC que Washington e Londres exageraram na interpretação de informações de inteligência sobre os programas proibidos de Bagdá.

O especialista comparou os países a caçadores de bruxas medievais e disse que eles se convenceram do perigo iraquiano com base em evidências que depois foram desacreditadas, incluindo documentos forjados sobre as supostas tentativas de compra de urânio para fabricação de armas nucleares.

Blix afirmou que o dossiê britânico sobre as armas iraquianas "levava o leitor a conclusões um pouco além" da realidade.

– O que se acusa é a cultura de impressionar, a cultura da superestimulação – afirmou.

O dossiê britânico alegava que o Iraque poderia preparar suas armas químicas em 45 minutos caso houvesse intenção de ataque. Uma comissão judicial revelou que a acusação se referia a munição de campo de batalha, e não a mísseis de longo alcance, como se acreditava.

Cinco meses após a queda de Saddam, ainda não foram encontradas armas proibidas. George W. Bush e Tony Blair dizem que a busca levará tempo e que as evidências aparecerão.

– A paciência que eles pedem a eles mesmos agora eles não quiseram dar aos inspetores – ressaltou Blix.

Com informações da agência Reuters

 
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