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Premiê palestino se reúne pela primeira vez com fundador do Hamas

O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, reuniu-se neste sábado, dia 5, pela primeira vez com o fundador do Hamas, xeque Ahmed Yassin, em uma aparente tentativa de dar força ao cessar-fogo vital para a sobrevivência do processo de paz no Oriente Médio. Abbas e Yassin não fizeram declarações à imprensa após a reunião de 35 minutos, ocorrida na casa do xeque, em Gaza. Junto com outros grupos, o Hamas declarou uma trégua nas suas ações contra Israel há seis dias, a pedido de Abbas.

Agora, os palestinos querem que Israel liberte todos os prisioneiros palestinos. Militantes dizem que o cessar-fogo, abalado por incidentes esporádicos, pode vir abaixo se essa libertação não ocorrer.

O gabinete de Israel deve discutir o assunto neste domingo, com a possibilidade de libertar algumas centenas deles. Como há entre 5,9 mil e 8 mil palestinos presos, é improvável que a medida de Israel acalme os ânimos.

Em mais uma ameaça ao cessar-fogo, uma explosão perto de um posto de controle israelense na Faixa de Gaza matou um palestino e feriu dois, sem provocar vítimas entre os israelenses, neste sábado. Não se sabe se o explosivo estava em poder dos homens atingidos. A agência oficial de notícias palestina, Wafa, afirmou que a explosão foi provocada por um artefato deixado pelos israelenses, que recentemente se retiraram da área.

Em uma operação para garantir a trégua, a polícia palestina invadiu o campo de refugiados de Shati, em Gaza, na noite dessa sexta e trocou tiros com militantes que eram procurados pelo ataque a um assentamento judaico e a soldados de Israel. Um policial, um militante e um transeunte ficaram feridos no tiroteio.

Israel quer que Abbas elimine grupos militantes, como determina o plano de paz norte-americano aceito no mês passado por ambas as partes. Abbas teme, porém, que a repressão aos militantes desencadeie uma guerra civil.

Desde o cessar-fogo, Israel já se retirou de partes da Faixa de Gaza e da cidade de Belém, na Cisjordânia, além de libertar alguns prisioneiros. Israel diz que pode soltar ou diminuir as penas de palestinos envolvidos em crimes irrelevantes, mas que pretende manter na cadeia aqueles envolvidos em atentados letais.

Neste domingo, o ministro palestino da Segurança, Mohammed Dahlan, e seu colega israelense da Defesa, Shaul Mofaz, devem se reunir para discutir a questão dos prisioneiros e novas retiradas. Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, podem se encontrar na próxima semana, para manter as conversações de terça-feira passada, quando ambos declararam seu compromisso público com a paz.

As informações são da agência Reuters.

 
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