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 | 14/05/2003 18h07min

Menem oficializa desistência de concorrer no segundo turno

Néstor Kirchner deve ser considerado presidente eleito pela Justiça Eleitoral

O ex-presidente argentino Carlos Menem confimou na tarde desta quarta, dia 14, a sua renúncia à candidatura pela Presidência da Argentina. O segundo turno das eleições no país aconteceria no próximo domingo, dia 18. Com a confirmação da desistência do ex-presidente, a votação deve ser cancelada, como prevê a legislação do país.

Apesar de Menem ainda não ter feito um pronunciamento oficial sobre o assunto, o porta-voz do político, Fernando Serezeski, confirmou a renúncia. A imprensa argentina dá a decisão como certa. Menem confirmou a desistência num comunicado que teria assinado na sua casa, na cidade de La Rioja, onde nasceu. O documento será encaminhado à Justiça Eleitoral. Segundo os jornais do país, é esperado uma mensagem do ex-presidente na televisão para justificar sua renúncia.

O adversário de Menem, Néstro Kirchner, governador da província de Santa Cruz, será considerado presidente eleito do país. Ele irá tomar posse no dia 25 de maio. A única dúvida sobre a confirmação de Kirchner na Presidência da Argentina é uma eventual decisão da Justiça favorável ao ex-candidato ao cargo Ricardo López Murphy. O partido do ex-ministro da Economia vai pedir que Murphy dispute o segundo turno no lugar de Menem, já que ele foi o terceiro colocado na primeira fase das eleições. No entanto, o próprio Murphy desfez a possibilidade de entrar na Justiça, ao afirmar que Kirchner possui legitimidade para assumir a Presidência.

Kirchner passou o dia na sua casa em Santa Cruz e, após receber a notícia da confirmação da renúncia de Menem, fez um discurso com duras críticas ao ex-presidente. Ele chamou seu adversário de "covarde" por estar desistindo da disputa e o acusou de ter dado um golpe na democracia.

Conforme as pesquisas eleitorais argentinas, Kirchner teria mais de 30 pontos percentuais de vantagem sobre o Menem no segundo turno. O ex-presidente teria renunciado para evitar sua primeira derrota eleitoral. Ele também teria cedido às pressões de governadores aliados que não gostariam de ter seus nomes ligados a um candidato derrotado por uma margem de votos tão grande.

 
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