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 | 13/05/2003 21h46min

Conheça o perfil do novo presidente

O novo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, conquistou milhões de eleitores apresentando-se como um homem sério.

Kirchner ficou em segundo lugar, com 22,04% dos votos, no primeiro turno das eleições presidenciais, ocorrido no dia 27de abril. Segundo as últimas pesquisas da intenção de votos para segundo turno, ele detinha grande vantagem frente ao ainda candidato e ex-presidente Carlos Menem. O último levantamento do instituto D'Alessio Irol, com 1,8 mil entrevistados, apontava Kirchner com uma intenção de voto de 63% contra 25% da chapa de Menem.

Governador da província de Santa Cruz, Kirchner não possuía o carisma ou o jogo de cintura midiático de seus rivais. Carente de apelo emocional, o candidato conseguia caminhar pelas ruas durante sua campanha sem que muitas pessoas se incomodassem em cumprimentá-lo.

Sua imagem de candidato "sério" e moderado talvez tenha respondido aos anseios dos argentinos, imersos há dois anos em uma grande crise econômica e num cenário político conturbado. Muitos argentinos o consideravam o "menos ruim" dos candidatos.

Kirchner, 52 anos, era quase desconhecido antes de janeiro, quando o atual presidente do país, Eduardo Duhalde, prometeu dar apoio a sua candidatura. A oposição o via como uma marionete controlada por Duhalde, um líder impopular, acusado de governar o país com o apoio de alguns poucos e poderosos peronistas.

O presidenciável, no entanto, apresentou-se como um reformista capaz de liderar o Partido Peronista, atualmente dividido, e tirar o país da crise econômica em que mergulhou em dezembro de 2001.

Com um histórico de contenção fiscal como governador, mas discursos temperados com pitadas de esquerdismo, Kirchner tentou formar uma coalizão juntando um amplo espectro do cenário político.

Filho de um funcionário dos correios, Kirchner entrou na política como membro da ala esquerdista do peronismo. Ficou detido por um breve período durante a ditadura militar que governou o país de 1976 a 1983. Sua fama é a de ser um político ambicioso capaz de trocar facilmente de aliados.

Ele é governador de Santa Cruz, província de 200 mil habitantes, há 12 anos. A região possui uma das taxas de desemprego mais baixas da Argentina devido, em grande parte, à produção de petróleo. Kirchner realizou cortes no Orçamento para equilibrar as contas da província e prometeu manter no cargo Roberto Lavagna, atual ministro da Economia.


 
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