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 | 16/12/2009 10h44min

Brasil colhe em 2009 mais de 39 milhões de sacas de café

Produção recuou 14,18% em comparação com 2008

O resultado da quarta e última estimativa da safra nacional de café (conilon e arábia), divulgado, nesta quarta, dia  16, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra que o Brasil fechará 2009 com o beneficiamento de 39,47 milhões de sacas de 60 quilos do produto. Esta temporada é de bienalidade negativa, quando há redução na colheita. Comparando-se aos últimos dez anos, este é o melhor resultado alcançado entre os biênios de baixa, superando em 9,4% o de 2007.

Já em relação a 2008, período em que a produtividade foi positiva, houve um recuo de 14,18%, ou 6,52 milhões de sacas a menos. Outro fator que contribuiu para este quadro foi o regime de chuvas irregular e as temperaturas elevadas. As altas precipitações pluviométricas dos últimos meses, coincidindo com as fases de maturação e colheita do grão, comprometeram os processos de colheita e secagem, resultando em um maior volume de café com qualidade inferior.

Dessa forma, a produção do café arábica, o mais cultivado no país, com 73,1% da produção total, ficou em 28,9 milhões de sacas, redução de 18,5%, ou decréscimo de 6,62 milhões de sacas. As principais quedas foram registradas em Minas Gerais (-16,8%) ou 3,95 milhões de sacas, Paraná (-43,8%) ou 1,14 milhão de sacas e São Paulo (-22,6%) ou 997 mil sacas. Minas é o maior produtor, com 19,60 milhões de sacas, ou 68,08% do total.

Já o tipo conilon (robusta) é responsável por 26,9% da colheita nacional, com 10,60 milhões de sacas. Isso representa um crescimento de 0,9% sobre a produção da safra anterior. O Espírito Santo é o maior produtor dessa espécie, com 7,60 milhões de sacas, seguido por Rondônia (1,55 milhão) e Bahia (542 mil). A espécie robusta, diferentemente da arábica, não sofre com o fenômeno da bienalidade.

Neste ano os cafezais ocupam uma área produtiva de 2,09 milhões de hectares, também com redução de 3,54% sobre a superfície de 2,17 milhões hectares da safra passada. Com isso, pelo menos 76,89 mil hectares deixaram de ser cultivados.

O levantamento mostra que a maior área está em Minas Gerais, com 1 milhão de hectares, onde o arábica ocupa 98,6%. O solo mineiro representa 48,1% da área total cultivada, a maior no país. Espírito Santo é o segundo, com 479,80 mil ha.

A pesquisa de campo das duas culturas foi realizada no período de 23 de novembro a 4 de dezembro nos principais estados produtores. O acompanhamento da produção dos cafezais mobilizou 189 técnicos da estatal e de órgãos conveniados.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
 
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