A queda nos preços dos insumos agrícolas deve refletir na redução do custo de produção das lavouras de soja, milho e trigo. Um estudo divulgado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro) mostra que os fertilizantes, defensivos e combustíveis mostram esta tendência de redução.
 
Na saca de milho, o custo total é de R$ 19,62, queda de 12,37% em relação à safra passada. Na soja, o valor é de R$32,47, variação negativa de 11,60%. Já em relação ao trigo, o custo total é de R$ 32,62, redução de 9,54%. Mesmo com a queda nos custos, duas das três culturas apresentaram perspectivas de rentabilidade negativa.

— No caso do milho e do trigo, a rentabilidade é negativa. No milho, é em torno de 10% em relação ao preço de mercado praticado hoje. E no trigo a perda de rentabilidade é na ordem de 30%. No caso da soja, neste momento, nessas condições de mercado, temos uma rentabilidade positiva de 28% se as condições se efetivarem desta forma lá no final da colheita — explica o economista da Fecoagro, Tarcísio Minetto.

A preocupação dos produtores, agora, de acordo com o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, é com problemas climáticos, a cotação do dólar e a comercialização da safra.

— No caso da safra de inverno que estamos colhendo, o problema é a comercialização. É preço, é demanda e o que cobre os custos de produção. E a safra de verão que está sendo plantada é demanda, câmbio, e que possamos ter liquidez e que o clima nos ajude daqui para frente — avalia Polidoro Pinto.