Produtores de trigo, indústria e governo discutiram hoje em Brasília o apoio à comercialização do cereal. Devido ao excesso de chuvas na fase final do cultivo, a produção neste ano teve queda de 14%.

Os agricultores reivindicam uma política de preço mínimo, aumento de recursos para comercialização e a manutenção da Tarifa Externa Comum em 35%. A venda abaixo do custo de produção é o que mais preocupa.

No Paraná, a saca de 60kg vale R$ 25, sendo que os gastos com o plantio chegam a R$ 30. Para amenizar a situação, o setor vai apresentar ao governo uma sugestão de contrato futuro.

— A proposta é que o produtor quando está plantando a sua safra fale com o comprador e diga: eu quero R$ 500. Ele vai dizer OK e o governo vai dizer se naquele prazo não puder sair os R$ 500 ou R$ 450, o governo colocaria os R$ 50 para fechar o preço mínimo — disse o presidente da Câmara Setorial Culturas de Inverno, Rui Polidoro.

O governo vai analisar a proposta, mas afirma que já utiliza mecanismos de estímulo ao setor, como os leilões. A companhia Nacional de Abastecimento vai fazer 12 leilões de Prêmio de Escoamento de Produto até o ano que vem. O terceiro ocorre nesta quinta, dia 12.